"Altíssimo e glorioso Deus, iluminai as trevas do meu coração e dai-me uma fé direita, esperança certa e caridade perfeita;
bom senso e conhecimento, Senhor, para que se cumpra em mim vosso santo e verdadeiro mandamento. Amém!" (S. Francisco de Assis)

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Assembleia Geral Ordinária da CFFB/RS


Reflexão na homilia da celebração Eucarística – na Assembleia Geral Ordinária da CFFB/RS do dia 12 de setembro de 2016, a partir do tema: 800 Anos do Perdão de Assis – Ano Jubilar da Misericórdia.

Por Frei Inácio de Lazzari-OFM

 

Partindo da Liturgia da Missa de Nossa Senhora dos Anjos-Porciúncula, o Fr. Inácio de Lazzari-OFM fez na homilia a reflexão partindo da temática do Perdão de Assis. Segue uma síntese a partir da fala dele.

A terra e o céu começam a entrar em comunhão a partir da Ação do Espírito Santo. O Anjo faz o anúncio e algo novo vai começar. “O único caminho para chegar ao céu é a partir da terra.” (Pedro Casaldáliga). O céu e a terra entram em comunhão. A humanidade e a divindade se encontram a partir do SIM de Maria Santíssima, ela se torna a verdadeira humanidade quando dá o seu Sim ao enviado de Deus, o Anjo, para ser a mãe de Jesus.

            Para se chegar até o céu é preciso abraçar a humanidade. Maria coloca totalmente a sua humanidade à disposição de Deus. As possibilidades nascem a partir da humanidade de Maria. Esta humanidade que é cada um e cada uma de nós e que é toda humana, pois foi criada pelo Criador à sua imagem e semelhança. No início, Deus disse que tudo era bom.

E hoje, como vemos a humanidade? Cada vez mais desumana e corrupta. Por que ela está tão diferente? Hoje a humanidade está totalmente corrompida, e esta é certamente a crise mais profunda que vivenciamos. As pessoas são cada vez mais insensíveis, desumanas.

O Papa Francisco fala da globalização da indiferença que é a grande a crise do nosso tempo. Nós também com facilidade entramos neste processo de globalização, não nos importamos com o outro a outra que precisa de nós; com aqueles que sofrem e ou estão à margem da vida.

A humanidade doente gera uma espiritualidade doente.  Trabalhar a humanização é a verdadeira evangelização. São Francisco de Assis permitiu que Deus restaurasse a humanidade nele, e isto ele aprendeu de Maria Santíssima, na igreja de nossa Senhora dos Anjos, na Porciúncula, quando se entregou totalmente a Deus. São Francisco permitiu que a verdadeira imagem do humano acontecesse nele, quando começou a cuidar dos leprosos: “Eu fiz misericórdia com Eles” (Test 1-3.)

O que realiza em nós franciscanos e franciscanas o sentido do perdão, da misericórdia, nestes 800 anos de Celebração do Perdão de Assis? Sentimos que estamos sendo desafiados a nos retomar, recriar o humano em nós para podermos ajudar a humanizar as pessoas que nos são confiadas?  Somos sensíveis diante da fraqueza, das necessidades dos outros, nossos irmãos e irmãs, especialmente os mais pobres?

O perdão e a misericórdia nos levam sempre a incluir o irmão, a irmã. A Parábola do Filho Pródigo do Evangelho (Lc15, 11-32) é espetacular para nossa retomada, pois, mostra o pai misericordioso e paciente que fica na espera do retorno do filho. Ele aposta nele sempre de novo Fica na espera. Não importa a demora e o tempo. Usa todos os argumentos possíveis para resgatar o filho. Não olha para o passado dele, o seu erro, mas aposta na vontade  recomeçar. Usa de misericórdia.

Assim é Deus. Fica à nossa espera. Ele usa todos os argumentos possíveis para resgatar a pessoa que errou, ensina a criar e resgatar relações fraternas. É generoso no perdão.

 Como Família Franciscana do RS temos a missão de resgatar o rosto misericordioso de Deus, a imagem de Deus que é compaixão, ternura, bondade, amor, em nós mesmos, em nossas fraternidades, na realidade do mundo, do Planeta na vida e missão, trabalhando sempre de novo a HUMANIZAÇÃO que conforme o Papa Francisco, é a verdadeira EVANGELIZAÇÃO.  

 
 
 
 
 
 
 
 


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